segunda-feira, 20 de junho de 2011

Arraiá do Sesc!

       Mais um ano a Cia. Raízes participa do Arraiá do Sesc. Em sua seugunda versão o Arraiá do SESC, sempre preocupado em resgatar a cultura no Maior São João do Mundo. O evento é realizado pela unidade do SESC Centro Campina Grande, e acontece de 14 a 19 de junho, no salão da entidade, sempre a partir das 18h. A entrada é gratuita para qualquer interessado que queira fazer parte desta grande festa.
       A Cia. Raízes apresentou na noite do dia 15 duas danças. Fizemos a abertura com o nosso lindo Boizinho Barrica no Bumba-Meu-Boi e encerramos a noite com a seqüencia de Ciranda e Coco. Foi uma noite muito agradável de musica de qualidade e danças. Agradecemos a todos que fazem parte do SESC, principalmente na pessoa de Álvaro Fernandes, que sempre teve um carinho e respeito pelo nosso trabalho! 
        Valeu!

Companhia de Projeções Folclóricas Raízes no Momento Junino!


      A Cia. de Projeções Folclóricas Raízes participou no ultima dia 11 da gravação ao vivo do programa da rede Borborema, afiliada do Sbt em Campina Grande, Momento Junino. A apresentação foi um dos pontos altos do programa, como ressaltou a apresentadora Penelope Vieira, que se mostrou encantada com a verdadeira tradição que a nossa Companhia mostrou frente as câmeras.





Companhia de Projeções Folclóricas Raízes participa da Abertura do Maior São João do Mundo!


Depois de uma década longe dos palcos do Maior São João do Mundo, os grupos folclóricos de Campina Grande sobiram ao Palco Duplo do Arraial Hilton Mota na noite de 03 de junho como a primeira atração a abrir o  festejo junino de 2011.

Foi uma apresentação em caráter especial, de forma coletiva com todos os grupos folclóricos de Campina interpretando o ‘Auto do Bumba-meu-boi’. Os Grupo Tropeiros da Borborema, Companhia Folclórica Originis, Acauã da Serra, Companhia de Dança Caetés, Companhia Livre e a nossa Companhia de Projeções Folclóricas Raízes, interagiram em dois momentos de apresentações no palco. O primeiro momento onde cada grupo pode mostrar individualmente um pouco de sua coreografia do folgedo bumba-meu-boi e grande momento final, onde todos os grupos citados compartilharam do palco em uma mesma coreografia.

Momentos antes do espetáculo houve um cortejo com todos os Grupos partindo da parte superior do Parque do Povo até o Arraial Hilton Mota, anunciando a volta dos Grupos e saudando o Maior São João do Mundo



Raízes arruma as malas e segue pra Recife!


       A Companhia de Projeções Folclóricas Raízes arrumou as malas e partiu para a capital pernambucana mais uma vez. Desta vez para fazer um estudo de Campo para uma nova dança em desenvolvimento no grupo, O Cavalo Marinho O Cavalo Marinho, como o Bumba-meu-boi, é uma aglutinação dos Reisados. Ao longo do espetáculo são agrupados cantos, loas, personagens e parte do Boi de Reis. É um verdadeiro auto popular que fala da vida passada e presente do povo. Uma tradição popular que vem se mantendo viva, principalmente durante o ciclo natalino. Não há como ficar indiferente à apresentação desta brincadeira de origem portuguesa e que fincou suas raízes nos costumes do povo da Zona Norte de Pernambuco. Tudo nos leva a achar maravilhoso esta manifestação do folclore pernambucano, desde a música com o seu som característico produzida pelos tocadores da rabeca, pandeiro, ganzá e reco-reco, que se parece muito com as toadas árabes. Os seus divertidos diálogos, suas danças parecem fazer parte de uma espécie de Teatro Mágico
       A história do Cavalo Marinho basicamente é a seguinte: os personagens Mateus e Bastião, que participam do início ao fim da brincadeira, são dois negros amigos, que dividem a mesma mulher, a Catirina, e estão à procura de emprego. Eles são contratados para tomar conta da festa. O espetáculo é costurado ou coordenado pelo Capitão, de quem se origina o nome do folguedo. O nome do capitão é Marinho e ele chega montado em seu cavalo, daí a história dá seu prosseguimento até o momento final, quando o boi é dividido entre os participantes numa grande farra. Ao todo são 76 personagens (humanos e animais), representados em 63 atos.
        O espetáculo tem início quando os toadeiros tomam assento no "banco" (orquestra) e saúdam os donos do terreiro e o público. Os primeiros personagens a surgir são Bastião e Mateus, após eles, começa uma sucessão de personagens que vão se apresentando perante o público, que também participa dos diálogos e brincadeiras.
    Antigamente, como só homens dançavam o folguedo, eles se travestiam para representar estes personagens, hoje as mulheres conquistaram espaço tanto na brincadeira como na orquestra. As roupas são enfeitadas com fitas e espelhos e os chapéus têm abas horizontais adornadas com pingentes dourados.
       O Capitão ou Mestre é o empresário do folguedo. Usando um apito ele marca o ritmo da música, ordena o início e o término da atuação dos figurantes. Em algumas partes da brincadeira conduz a armação em forma de cavalo e ostenta dragonas no ombro. O Soldado, apesar de usar boné caracterizando um militar, tem no seu traje uma mistura de farda com roupa civil.
       O Caboclo de Arubá usa calça comum, sem camisa, cocar de pena e óculos escuros. Já o boi é uma armação de tábua ou bambu coberto de tecido pintado com uma caveira de boi no lugar da cabeça que é revestida de papel e os seus chifres são adornados com fitas multicoloridas.
       Outros personagens, não menos importantes, surgem no decorrer da brincadeira, contribuindo para o desenrolar do enredo, pontuado pelas toadas cantadas pelos ocupantes dos bancos. Cada integrante, interpreta três ou quatro personagens já que o total de figuras é de 76.
       Nos versos que surgem no correr da brincadeira, foi incorporado um palavreado típico do homem da região. Expressões como REAR (ir embora), VAGEM ( lugar onde o boi é amarrado para comer), BARRER (varrer) e SAMBADA (festa, dança). O aspecto religioso está sempre presente no folguedo, no qual são feitas diversas saudações aos Santos e a Deus. O Real, o Fantástico e o Imaginário estão presentes em todo o espetáculo do Cavalo Marinho.

Foi um final de semana de estudos e aprendizados na Capital Pernambucana, agora vamos por em prática o surgimento dessa danca aqui em Campina!
 





Colóquio Cultura Agora em Campina Grande.


A Companhia de Projecões Folclóricas Raízes participou do 'Colóquio Cultura Agora', com a participação de professores universitários, agentes e entidades culturais, reunidos em discussão dos problemas enfrentados pelos grupos e órgãos que desenvolvem atividades de cultura em Campina Grande.

A recente criação da Secretaria de Cultura de Campina Grande que tem a frente a professora Eneida Agra Maracajá, veio por meio deste espaço possibilitar a troca de opiniões e a discussão entre diferentes grupos de interesse cultural na cidade. Podemos dividir o encontro em seis abordagens de discussão: Novos espaços e públicos, Cidadania, Memória, Comunicação, Redes Sociais e Mercado Cultural, tendo como pano de fundo a cidade de Campina Grande enquanto espaço de condicionamento do debate.

Várias questões nortearam estas abordagens da cultura, eu destaco especialmente a participação popular e a "descentralização" da produção, ou das referências culturais da cidade.

Dentre as falas apresentadas, José Ataíde, sobre a contribuição cultural da FURNE e do memorialista Virgílio Brasileiro na Mesa 01, é sempre marcante o posicionamento de Moisés Alvez, que ativamente cobra, questiona, provoca o debate. Sua fala esteve voltada para a luta popular de participação, de comunicação e de produção cultural de resistência, especialmente no que se refere as periferias da cidade. Falou também sobre a importância, segundo ele, da ajuda ou da oportunidade oferecida pela academia, pelo setor artístico e político. Sobre a descentralização da Produção Cultural do centro da cidade com o objetivo de descobrir a produção artística da Periferia, e terminou:
"Carnaval de Campina Grande, merece respeito, Manuel Monteiro, merece respeito, Companhia de Cultura Mimbaquera da periferia, merece respeito, Antônio Nunes, Gilson Nunes, Hermogenes, Dilson, Arimarques Gonçalves, Jorge Marral, Sheila Maria, Biu do Violão, o Assis Chateubriand, o Colégio Estadual de Zé Pinheiro, o Hip Hop, Cós Brasileiro, Jorge Luiz iluminador desse teatro (Severino Cabral), Paulinho da SAB de Santa Rosa, os Bumba meu boi, Ipomax Vila Nova. Máuro, Raiane Araújo, Max, merecem o nosso respeito (...) construtores anônimos do que nós estamos querendo recolocar na discussão cultural de Campina Grande, nós não temos barreira (...) Qual é a vergonha, afinal de contas? Daí Eneida, se tem agora alguém perguntando, E agora José? eu já estou lhe dando alguns caminhos. E agora Secretaria de Cultura de Campina Grande?"
Também falou na mesma mesa Virgílio Brasileiro sobre a importância da criança enquanto foco da ação cultural e o reconhecimento do homem culto enquanto aquele que:
"aprendeu a aprender, sabe formular questões e dispõe de padrões de referência tanto para a rápida mobilização do saber, quanto a sua aplicação permanente"
Além da identificação do evento enquanto momento de participação popular da cultura, interesse "envolvimento dos excluídos no processo cultural".

No Segundo dia do Colóquio, eu não cheguei a participar da Mesa 02 com o Álvaro Fernandes e a Rosa Maria Correia.

A segunda mesa da manhã, a Mesa 03 "Rede de Idéias", "Cultura Arte e Cidadania" e "Cultura memória e Mobilização Comunitária" com a participação de Eliane Lisboa, Léa Amorim, Gisele Sampaio que coordenou a mesa, Ailton Eliziário e Walter Tavares, respectivamente:



Na fala da Eliane Lisboa, professora do Dart na UFCG, merece destacar a noção antropológica de cultura como todo fazer humano que identifica grupos e sociedade, a questão da cidadania enquanto participação  ou o próprio processo do fazer artístico. "O papel do artista é fazer com que o seu público e aqueles que o cercam não passem impunes pelo que ele apresenta" ou seja, arte enquanto ato de cidadania, verdadeiro e profundo com sua verdade e sua identidade. Aprofundamento de sua arte, aprofundamento de si mesmo, descoberta de si. Público enquanto comunidade que dá pertencimento e onde se insere e transformação da cultura enquanto participação comunitária.
"Comunidade parceira do artista, porque o artista precisa deles, não só para mostrar, mas para criar, precisa se alimentar desta pulsação (...) o papel do artista também é formar e o papel do órgão público é ajudar a formar, ajudar a distribuir a partilhar, eu penso em dois níveis de formação, atualização e ensino. Abrir as portas do pensamento, ampliar o conhecimento, criar experiências provocadoras, trocar experiências"
E terminou falando da parceria Educação e Cultura, e a criança como foco de uma Educação Cultural.


 
Depois da professora Eliana, falou o Diretor do Museu Histórico de Campina Grande, o jornalista Walter Tavares, que teve sua fala bastante marcada pela denúncia da destruição do Patrimônio Histórico da cidade. Walter também lamentou a queda da produção cultural comparada a década de 1970. Também falou sobre a destruição do Patrimônio Histórico desde a década de 1940 com a modernização da cidade pelo então prefeito Vergniaud Wanderley, a destruição da casa do prefeito Cristiano Lauritzen, o prédio da Sociedade Beneficente dos Artistas, a casa de Acácio Figueiredo, o palacete próximo a Supermercado Ideal. Falou sobre o entorno da Estação Velha, os armazéns de carga, a prensa de algodão hidráulica, escritório de exportação, o curtume dos Mota, o Acúde Velho, sobre o largo das Boninas e a fábrica Marcus de Almeida a Saboaria Pernanbucana e a Vila Pororoca. Falou também sobre a importância da mobilização Estudantil, sobre a Cultura Popular do carnaval de Campina Grande, os Papangus, os Bois de Carnaval, os Caboclinhos, a Feira de Campina.

Em seguida a fala da professora Léa Amorim, que reprensentou o lugar acadêmico no debate sobre o Patrimônio da cidade. Dando continuidade ao discurso de denúncia da destruição do Patrimônio, Léa Amorim falou sobre a desmemória da cidade, e citou Fernand Braudel "Não há História sem Memória". Ela também citou as tentativas de construção do Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande que seria o abrigo da memória de Campina Grande, como aquele que deveria ter sido o responsável pela manutenção da produção historiografia assim como da produção e reprodução de uma memória e de uma história da cidade. Ela cita todo um conjunto de intelectuais e memorialistas, Dr. João Tavares, Epaminondas Câmara, Cristino Pimentel, Elpídio de Almeida. "Onde guardar a memória de Campina Grande, depois da reforma de Vergniaud Wanderley?". Ela separou em três tentativas de construção do Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande, em 1947, em 1970 que contava com a participação dos intelectuais anteriores e outros Hortêncio Ribeiro, William Tejo, Marisa Braga. A terceira fundação com Dr. Virgílio Brasileiro, pelo advogado Amauri, segundo a fala da professora Léa Amorin.



Por fim o professor Ailton Eliziário, presidente da Academia Campinense de Letras, que falou sobre a Constituição de 1988, e do Patrimônio Imaterial assim como as manifestações populares. "A memória não deve estar a cargo do Estado ou do Município, mas da comunidade, que tem que se reunir e movimentar, a Cultura que depende do Estado ou o Estado que depende da Cultura?".


Encerrando o Evento na parte da tarde as Mesas 04 e 05 foram responsáveis por discutir sobre "Cultura, comunicação e Redes Sociais" e "Novos Modelos e Negócios no Mercado Cultural", respectivamente.



Destaque também para a fala do professor Luíz Custódio, enquanto estudioso dos Estudos Culturais sobre a relação entre Cultura e Comunicação, e a necessidade da mediação entre estes setores. Comunicação na formação de novas platéias, novos produtores, novos cenários de cultura e mídias. "Como construir, como trabalhar novos projetos culturais numa sociedade midiatizada, em meio aos valores da indústria cultural e mídia neste processo?" Educar para a Cultura e a Edocumunicação como meio de transformação da cultura. Custódio falou também sobre o papel do Jornalismo Cultural e da necessidade em trabalhar de forma crítica os produtos culturais e da formação de uma nova geração de jornalistas culturais.
No momento seguinte falou a Raija Almeida, professora do curso de Edocumunicação da UFCG, que mencionou a importância das Redes Sociais no processo de redistribuição dos bens culturais e do fazer cultural, colocando o mundo virtual como palco de ação, de comunicação e da Cultura. Ciberespaço como pólo mobilização Cultural e Comunitária.

Por fim o Ivan di Paula, representante da CUFA, que deu segmento a importância da valorização das manifestações culturais através das Redes Sociais, como forma de socialização e democratização do bens culturais, justificando a sua fala pelo reconhecimento de que estas redes pertencem e interagem com todos os segmentos sociais no Brasil e no mundo.

Encerrando a Mesa 05, que falou sobre "Novos Modelos e Negócios no Mercado Cultural", onde Amazile Vieira e o produtor cultural do Dart Aloísio Guimaraes também, mediado pela Regina Albuquerque assessora técnica de projetos do Estado da Paraíba.


Que falou sobre o meio cultural da produção artística, inserida no mercado cultural. Criticou o assistencialismo cultural fomentado através das Leis de Incentivo e incentivou a produção cultural e a inserção no mercado de forma consciente, atualizada e madura. Falou sobre o estereótipo cultural como o um tipo de especulação, que confunde e prejudica o mercado cultural como um todo.


"Eu acho que esta na mão do governo uma parte deste problema para se resolver, mas a maior parte deste problema esta nas mãos daqueles que se dizem artistas (...) Campina Grande tem mercado consumidor de cultura e arte, temos bons aparelhos e espaços para preencher, vamos produzir e justificar a criação de outros espaços"

Por fim a fala da Amazile Vieira que deu segmento a discussão e falou sobre a formação do profissional  Produtor artístico e cultural. A necessidade de profissionais neste sentido no mercado cultural de Campina Grande.

Ponto de Cultura Raízes do Amanhã ( Cia Raízes ) Representa Campina Grande no Encontro Rumo à Cidadania Cultural.


      O ponto de cultura “Raízes do Amanha” participou do 9º Encontro Rumo à Cidadania Cultural na capital pernambucana, Recife. O evento aconteceu no dia 17 de maio, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), o evento faz parte de uma caravana organizada pela nova Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, que vem rodando diversas capitais do país com o objetivo de apresentar propostas e refletir sobre caminhos para as políticas públicas no campo da cidadania e da diversidade cultural da nova Secretaria. A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC/MinC), Marta Porto era o centro da mesa que também contou com a presença do diretor do Programa Cultura Viva, César Piva. Cerca de 500 gestores e agentes culturais de Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe e Paraíba participaram do encontro. O Ponto de Cultura Raízes do amanhã foi representando a classe de Campina Grande.
Na abertura do discurso, Marta Porto abordou a fusão da antiga Secretaria de Cidadania Cultural e Secretaria de Diversidade Cultural na atual estrutura da Secretaria, a continuidade dos programas Cultura Viva e Brasil Plural, além dos compromissos com grupos indígenas, afro-descendentes, LGBT e de cultura popular. “Somos um país de enormes dificuldades. Garantir a cultura ainda é um grande desafio. O nosso desafio é estar respondendo com cada pessoa no espaço da cultura. Temos que garantir o espaço para que todos os brasileiros sejam produtores de cultura” Declarou Marta.
A participação do público no debate proposto após a fala da Secretaria Marta Porto foi marcado por indignação do publico presente. O tema mais abordado foi o cumprimento dos editais de incentivo e valorização a nossa cultura. Foi imensamente questionado problemas judiciais em editais anteriores e celeridade na divulgação dos resultados  aos participantes. “Estão sendo feitos esforços por uma agenda comum de ações, especialmente pautada no Plano Nacional de Cultura. Os novos editais serão resultado da soma de esforços e recursos das secretarias e vinculadas do ministério, que estão em busca de um plano de gestão comum. Estamos fazendo mutirão. Na secretaria, fizemos entrevista com todos os subordinados para avaliar as condições de cada um”, explicou Marta Porto.
Após tentar responder alguns questionamentos e driblar as varias criticas dos presentes. Marta Porto alegou que teria que se desfazer da mesa, pois já havia perdido 3 vôos para Brasília, e já estava prestes a perder o quarto. O clima de indignação imperou no auditório da FIEPE, pois muitos incentivadores da cultura que vieram de estados distantes sequer tiveram oportunidade de expor suas situações a Secretaria. O Debate seguiu alguns minutos sem a presença de Marta Porto, e logo notou-se a insatisfação do publico presente abandonando o auditório antes do encerramento final.





Cia Raízes participa da posse da nova secretaria de cultura de Campina Grande


     A professora e ativista cultural Eneida Agra Maracajá foi empossada, na manhã de sexta-feira (29.04), no cargo de Secretária Municipal de Cultura, ficando Alexandre Barros (Tan) como adjunto da pasta, criada na atual gestão municipal. A solenidade de posse, presidida pelo prefeito Veneziano Vital, reuniu representantes de todos os segmentos culturais de Campina Grande.
      Na mesa de autoridades, além de Veneziano Vital, estavam presentes o vice-prefeito, José Luiz Júnior; juiz Ricardo Vital (representante do Poder Judiciário); secretário da Educação, Flávio Romero e o bispo diocesano, Dom Jaime Vieira da Rocha.
      Após a assinatura do termo posse, Eneida Agra Maracajá fez um emocionado discurso, lembrando momentos marcantes da sua infância e da sua trajetória de 48 anos em prol da cultura de Campina Grande.
Segundo ela, assumir a pasta representa um dos maiores desafios da sua existência, destacando que buscará fazer um mapeamento cultural da cidade, ouvir e receber sugestões do segmento cultural e tudo fazer para o engrandecimento de eventos que projetam o município no cenário nacional, a exemplo do tradicional Festival de Inverno.
      A professora ressaltou, ainda, que a sua gratidão ao prefeito Veneziano Vital do Rêgo, chamando-o de “prefeito transgressor”, pois “rompeu e superou as barreiras da mediocridade e realiza um trabalho marcado pela ética, dignidade e reconhecimento ao segmento cultural campinense”.
       Também fez uso da palavra o professor Flávio Romero. Em sua visão, a cultura de Campina Grande vive uma semana histórica, com a reinauguração do Teatro Municipal Severino Cabral e a posse da professora Eneida Maracajá à frente da Secretaria da Cultura.
“De fato, a Secretaria da Cultura foi concebida para ser ocupada tão somente por pessoas que tem o perfil e a trajetória da professora Eneida, que tem uma vida dedicada à cultura. Por isso, ela é tão sensível, tão humana e sempre foi movida pelo seu inquestionável ideal. Eneida é a síntese da produção cultural de Campina Grande”, disse.
Por fim, o prefeito Veneziano Vital destacou em seu pronunciamento a capacidade de trabalho dos empossados e suas qualidades pessoais, demonstrando toda a sua confiança no êxito da Secretaria de Cultura, um velho sonho dos artistas e outros segmentos da cidade.
Em relação a Alexandre Barros, anunciou que ele terá um papel fundamental para o desenvolvimento dos chamados “Pontos de Cultura”, que beneficiam vários segmentos sociais, a exemplo de profissionais do sexo, crianças e idosos. Quanto à professora Eneida, garantiu a ela todo apoio possível para que Campina Grande possa vivenciar o regaste da sua produção cultural.
“Para tanto, a nova secretaria terá a felicidade de encontrar um quadro muito diferente da época em que assumimos a prefeitura campinense, em 2005. Hoje, os mais importantes equipamentos culturais da cidade foram restaurados, a exemplo do Centro Cultural, museus e o verdadeiro templo da cultura de Campina Grande, o Teatro Severino Cabral. Portanto, vivemos uma nova e marcante fase da história da cidade, oferecendo à classe artística a atenção que sempre fez jus”, comentou.
      Durante a solenidade, a professora Eneida Agra Maracajá recebeu homenagens de alunos da Escola Casinha de Brinquedo (IPEN), além da cantora lírica Isabel Barbosa, que fez a interpretação de músicas eruditas brasileiras e italianas.